A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada.
Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários dos orgãos do paciente.
Por isso, o paciente pode não suportar e vir a falecer. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos. É responsável por 30% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil.
Atualmente a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Tem alta mortalidade no mundo todo, sendo que um estudo recente mostrou que 11 milhões de pessoas morrem todos os anos por sepse. Assim, a cada 2.8 segundos, uma pessoa morre de sepse no mundo ( DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(19)32989-7). Segundo um levantamento feito pelo estudo SPREAD UTI ( DOI: https://doi.org/10.1016/S1473-3099(17)30322-5 ), a mortalidade por sepse nas UTIs brasileiras é de aproximadamente 55%.
A doença é a principal geradora de custos nos setores público e privado. Isto é devido a necessidade de utilizar equipamentos sofisticados, medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe médica. Além disso, a Sepse pode deixar sequelas importantes nos pacientes que sobrevivem.
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