Embora não conheçamos completamente o mecanismo subjacente, é importante compreender que aqueles que superam uma infecção grave e persistente enfrentam um aumento no risco de novas infecções, mesmo que a infecção original que desencadeou a sepse tenha sido tratada e curada. Esse risco persistente pode perdurar por meses ou até anos após a sepse inicial e é tão significativo que as infecções representam a principal causa de hospitalização em pacientes com sepse, bem como a principal causa de mortalidade após hospitalização por doenças graves.
A questão que se coloca é: o que podemos fazer para prevenir essas novas infecções? Que orientações podemos oferecer aos pacientes que passaram por internações devido a infecções graves e estão se preparando para a alta hospitalar, visando manter sua saúde durante o período pós-desospitalização? Aqui estão algumas dicas valiosas:
Lembrem-se de que quanto mais cedo a sepse for identificada, diagnosticada e tratada, maiores serão as chances de sobrevivência e de uma qualidade de vida satisfatória.
Fato. Sobreviventes de sepse apresentam maior susceptibilidade para novas infecções nos primeiros meses após a alta hospitalar. Por isso, é fundamental a adesão a medidas preventivas como: evitar frequentar lugares fechados com grandes aglomerados de pessoas, manter as vacinas em dia, manter uma alimentação saudável, e realizar adequada higienização de mãos e alimentos.
Fake. A maioria das re-hospitalizações pós-sepse são preveníveis: novas infecções, toxicidade medicamentosa e descompensação de doenças crônicas são exemplos.
Fato. Pacientes com sepse que necessitaram de ventilação mecânica apresentam risco aumentado de distúrbios de deglutição. Estes distúrbios podem aumentar o risco de engasgos, pneumonia e desnutrição. Uma avaliação com fonoaudiologista é importante nesse contexto.
Fato. Reabilitação física se associa a melhora de sintomas de depressão e a melhora da qualidade de vida em sobreviventes de sepse.
Fake. Sobreviventes de sepse podem apresentar dificuldade de retorno ao trabalho e, também, custos aumentados devido a novas incapacidades (físicas, cognitivas ou de saúde mental). Esse cenário frequentemente se associa a estresse financeiro para as famílias de sobreviventes de sepse.
Médico intensivista titulado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira, mestre e doutor em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pós-doutor em ciências da reabilitação pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, pesquisador do Hospital Moinhos de Vento, membro do comitê executivo da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva e membro do Instituto Latino Americano de Sepse.
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