Meu nome é Débora, tenho 53 anos e sou professora de Inglês. Tenho um casal de filhos, Bárbara e Guilherme, e uma neta de 10 anos chamada Maria Duda.

Tudo começou com uma punção na tireoide realizada em 21/11/2023. Na mesma semana, passei uma noite inteira vomitando e acordei com um incômodo na garganta e febre. Minha filha me levou à UPA do Campo Limpo e lá, me medicaram e voltei para casa. No entanto, o inchaço na região do pescoço continuou e a febre persistiu.

Na noite de 25/11/2023, retornei à UPA acompanhada do meu filho, embora não me lembre desse dia. Fui examinada por dois médicos e a doutora decidiu me internar ao perceber que o inchaço estava cheio de pus, representando um risco de chegar ao pulmão. A internação foi confirmada na madrugada de 26/11, quando fui encaminhada para a UTI do Hospital Campo Limpo. Fui entubada, drenaram o pus e começaram com antibióticos, mas estes não estavam tendo efeito. Recebi um prognóstico desfavorável, com 48 horas de vida, e os medicamentos foram alterados para vancomicina e meropenem.

Em 02/12, meu organismo começou a reagir. No dia 05/12, fui desentubada e transferida para um quarto no final do dia. Infelizmente, a pele do meu pescoço necrosou e, após 14 dias, fui submetida a uma cirurgia de enxerto. Recebi alta em 27/12, após nove dias entubada e 31 dias de internação. Deixei o hospital bastante confusa. Ainda não consigo me alimentar, o que é a minha maior preocupação! Fui muito bem tratada pelos profissionais do hospital. Serei eternamente grata a todos!

Atualmente, as sequelas da sepse afetam meu tornozelo e pé direito, que estão dormentes, além da ausência de fome, enjoos, náuseas e cansaço. Comecei a fisioterapia em 10/04. Estou bastante traumatizada e abalada psicologicamente. Recebi um novo laudo médico, pois não possuo condições físicas e mentais para retornar ao trabalho!

Agradeço imensamente ao projeto Reabilita Sepse, pois tem sido de grande ajuda para mim!

Débora Fontainha – São Paulo/SP

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