Meu nome é Tainá Fraga, e minha filha Melissa teve sepse aos 7 meses de idade.

Tudo começou com uma febre baixa que durou quase uma semana, além de alguns sintomas respiratórios. Passamos três vezes por consulta no hospital, e somente na terceira vez foram realizados exames. Todos estavam bastante alterados e foi aí que começaram as investigações. Houve suspeita de Dengue, COVID-19 e Meningite, até que no resultado da hemocultura apareceu Pseudomonas Aeruginosa.

Então iniciamos uma grande luta, houve lesões de pele chamadas de paniculites. Também houve uma Anemia Transinfecciosa, necessitando de transfusão de sangue, diversos medicamentos e antibióticos.

Graças a Deus, após 15 dias tivemos alta do hospital com uma boa melhora. A ida para casa não foi tão simples quanto pensávamos, pois ela teve muitas infecções de repetição, na maioria das vezes Otite.

A otorrino resolveu colocar dreno no ouvido dela, resultando em pouca melhora. No geral, ela tinha muita secreção nas vias aéreas superiores, e chegou a utilizar 10 antibióticos no período de 12 meses.

Iniciamos então uma investigação imunológica, além de diversos exames. Foi encontrada  uma lesão granulomatosa no pulmão, e que hoje em dia está sob investigação e monitoramento a todo momento. A nossa médica tem atuado no  reforço do sistema imunológico, e no último semestre começamos a ver melhora na Melissa.

Hoje ela tem 2 anos e meio, e está muito melhor! Não temos nenhum diagnóstico e espero que tudo tenha sido uma fatalidade. Eu creio que ela tenha vivido um quadro pós-sepse e que com o passar do tempo ela fique cada vez melhor.

Gratidão pelo trabalho de vocês, creio que o meu depoimento beneficiará muitas pessoas que estão lutando contra a sepse.

Tainá Fraga de Melo – Joinville/SC